domingo, 20 de junho de 2010

Sensatez

As vezes queria saber de onde é que te conheço, porque já não é de hoje, e há quanto tempo estamos nos assim, porque até eu que sou eu já perdi a conta a esta sucessão inacabável de dias e de noites.
É em pleno confronto com a realidade que me encontro neste momento, a minha mente não parece tão sã como este meu corpo mas ambos querem flutuar, como se fossem nuvens, como se de ar se tratassem ou como se pudessem ser densos a esse ponto.
Tu assim decidiste, talvez fizesses o mais sensato para os dois, e talvez eu também o fizesse se não tivesse uma visão tão distorcida desta nossa relação.

Pedi tanto para que não o fizesses.
Não quero fazer mais previsões parvas de um futuro vão que nunca se chegará a cumprir.
Neste momento, apenas se me dissesses o que eu quero ouvir, voltaríamos ao normal. Mas não creio que o faças, não és o género de homem que está sempre a lembrar a uma mulher o quão especial ela é, e talvez se fosses assim eu não me sentisse desta maneira.
O que te disse veio directo do coração, sem necessidade de ser pensado, apenas verbalizado. E, teria feito eu melhor, se continuasse a esconde-lo por mais óbvio que fosse. Hoje continuaria a deitar a minha cabeça no teu peito em vez de num monte de almofadas, e estaria segura de que virias a qualquer hora para que eu nunca estivesse sozinha.
Começo a olhar para ti sem notar que te conheça realmente, e a duvidar de mim mesma quando digo que sinto algo especial dentro de mim.
Não sei quanto tempo mais demorarei a encontrar a verdade mas, desde que não seja quando já não puder tornar ao que era, tudo bem.