quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Backup


Estava a transferir ficheiros da minha box para o computador novo que recebi no natal (o qual eu insisto em chamar toshy u.u") e encontrei um texto, não sei se fui eu a escreve-lo ou não mas parece o meu estilo , estranho ... Acrescentei mais um tanto ao que tinha ainda agora com sentimentos que rodavam a minha cabeça na altura e me deixavam mais que tonta .
Aqui está o tal, que pela despedida parece ser mesmo meu mas eu não me lembro de o ter escrito . Meninos acalmem os animos e recomponham a maquilhagem porque não falo de ninguem em concreto. Se calhar estraguei a surpresa mas antes de ser abordada é melhor deixar cair o pano por completo, se eu decidir fazer um texto para alguém eu ponho o nome da pessoa em questão no título está bem? do género ... "JOAQUIM, este é p'ra ti amore!" ou "CÁJÓ, you ande mi foreber" . For god sake -.-'
pronto e desta é que é, aqui vai ..

Dei comigo a ver todas as tuas fotos, a tentar identificar-te com alguma memória minha , no entanto não consegui . já não sei se te conheço, já não sei se sei quem és. Deve ser porque a linha do tempo já te engoliu e te levou com ela , passas-te ... assim como ela.

Tenho saudades mas não tenho ânimo, sofri demais e não quero voltar a passar pelo que passei, é estranho, e eu sei-o bem… mas agora tenho medo, estou frágil, fraca para voltar a tentar e quando me tento reconstruir vem a mesma ventania e eu caio, novamente, inerte naquele chão tão pisado e sujo.

Durante pelo menos um ano consegui sentir um misto de alegria, ansiedade, prazer com medo, medo de que por um momento mudasses outra vez , repentinamente como ja aconteceu, mas que fosse ainda pior, que com ele movesse tudo o que sentias, arrastando tambem tudo o que se passava dentro de mim e que não lembrasses mais quem era eu e o que tinhamos até então. Que , apesar de não ter sido nada por aí além, era alguma coisa. Não me sei expressar, não tenho jeito com palavras ditas, desculpa qualquer coisa. Desculpa se de alguma maneira te sentiste usado... usado para evitar a solidão ou a carência que digo desde já que nunca a tive enquanto estive contigo, desde que ... you know... estivessemos sozinhos , no silencio, a tentar perceber o que cada um sentia apenas atravez do olhar ou das maos dadas.

Mas com o tempo vi que aquilo que escondias de tudo e de todos para que , segundo palavras tuas, se preservasse, não passava de uma mera ilusão e tu trataste de me DESiludir rapidamente. A ti eu dei, um pedaço do meu coração e tu… tal como muitas outras pessoas, não cuidaram dele. Não sei porque sempre pensei que te distinguisses da multidão, afinal demonstraste-me logo logo que não era bem assim.

É claro que não me arrependo de nada porque mesmo com cada desilusão aprendemos imenso (se bem que a conta-gotas) e talvez te agradeça por isso. E por tudo o resto que devo agradecer.

Espero que um dia te encontre por aí. De maos dadas com alguém, E que possa olhar para ti, reconhecer-te e dizer “tu es passado”.

Adeus, Rute

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